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Peregrinações II

Um edifício com mais de trezentos anos, situado em pleno coração da Lisboa pitoresca, foi objecto de um aprofundado estudo histórico e patrimonial, desenvolvido pela LMT Consultores em História e Património para o atelier ARX Arquitectos, que está responsável pelo projecto da sua reabilitação.

O trabalho, realizado por uma equipa multidisciplinar, envolveu uma pormenorizada investigação documental sobre o imóvel, o que permitiu traçar a sua história desde a construção e identificar todos os proprietários e vários arrendatários ao longo do tempo. Foi também efectuada uma detalhada descrição e análise do edifício, focando aspectos construtivos, assinalando e classificando os valores patrimoniais e artísticos existentes e procedendo, por fim, a diversas recomendações a considerar no projecto de reabilitação.

O relatório produzido pela LMT Consultores em História e Património, para além de constituir uma ferramenta de trabalho para a equipa projectista, destina-se a instruir o respectivo processo de licenciamento junto das entidades competentes.

A história deste interessante edifício teve início em 1699, quando D. Jorge Henriques, senhor das Alcáçovas e proprietário do palácio que se situava no topo de um troço da antiga cerca moura de Lisboa, autorizou uma Irmandade que tinha ali junto a sua ermida a construir de raiz umas casinhas encostadas a esse pedaço de muralha.

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Constituição 1822

A LMT Consultores em História e Património desenvolveu um estudo genealógico e biográfico sobre um académico e militar, nascido na sétima década do século XVIII e falecido em meados do XIX, sobre o qual apenas havia sucintas notícias nas obras genealógicas ao mencionar, pelo casamento, a sua única filha.

Natural do Alentejo – tinha origens nesta província e igualmente nas Beiras –, doutorou-se em Coimbra e seguiu a vida docente, na Universidade daquela cidade e numa Academia em Lisboa, abraçando em simultâneo a carreira militar, na qual atingiu o posto de brigadeiro. Teve ainda uma breve passagem pela política nas Cortes Constituintes vintistas, tendo como tal assinado o primeiro documento constitucional português. Agraciado com o foro grande da Casa Real e a comenda da Ordem de Cristo, teve carta de brasão de armas dos seus apelidos. Morreu solteiro deixando uma única filha natural – legitimada por carta régia –, que foi sua herdeira universal.

A investigação realizada pela LMT Consultores em História e Património permitiu ainda desvendar a sua ascendência até aos trisavós por todas as linhas, bem como revelar vários dados sobre a sua família próxima, nomeadamente os irmãos e respectiva descendência, e apurar diversos elementos biográficos e patrimoniais.

Nas imagens: Constituição Portuguesa de 1822, jurada e assinada por D. João VI, depositada na Torre do Tombo.

Constituição 1822a

Constituição 1822b