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Convento Graça antes 1755 Castilho BO vol 4

Numa parceria com o atelier Frederico Valsassina Arquitectos, a LMT Consultores em História e Património realizou recentemente uma profunda investigação sobre o convento da Graça, em Lisboa, no âmbito do projecto de reabilitação daquele icónico edifício da capital portuguesa e da sua adaptação a hotel ao abrigo do programa Revive.

O estudo desenvolvido pela consultora envolveu uma aturada investigação documental e bibliográfica, que permitiu recuperar a história da casa-mãe da Ordem dos Agostinhos em Portugal durante sete séculos, procurando reconstituir a evolução daquele espaço ao longo desse tempo.

E para além de uma pormenorizada descrição arquitectónica da antiga casa conventual, mais tarde convertida em quartel, foi também efectuada a identificação dos valores patrimoniais e artísticos existentes e formularam-se diversas recomendações a seguir no projecto de intervenção.

O conjunto estudado corresponde a uma área construída de 6572 m2, distribuída por centenas de compartimentos e implantada num terreno com 13400 m2.

A LMT Consultores em História e Património, através de uma equipa multidisciplinar, detém larga experiência na realização de estudos histórico-patrimoniais sobre imóveis, quer para a instrução dos respectivos projectos de reabilitação junto das entidades licenciadoras, quer para a produção de conteúdos utilizáveis na concepção, promoção e comercialização dos produtos imobiliários.

Graça Eduardo Portugal Claustro pequeno

Heráldica Agostinhos

Imagens:
- O convento da Graça antes de 1755, numa gravura publicada por Júlio de Castilho;
- O claustro pequeno do convento da Graça em meados do século XX, numa fotografia de Eduardo Portugal (AML);
- As armas da Ordem dos Agostinhos representadas num painel de azulejos existente no convento da Graça.

Moçâmedes 1860

 

A LMT Consultores em História e Património elaborou recentemente um aturado estudo genealógico e biográfico sobre um português agraciado com um título nobiliárquico que recebeu a designação de uma localidade no antigo ultramar.

Oriundo das Beiras, o futuro titular foi ainda jovem para África, em comissão de serviço, e lá acabou por casar com a filha de um rico negociante, descendente de famílias portuguesas aí estabelecidas mas oriundas do Brasil. Vindo a ser agraciado pelo rei, no final do século XIX, com um título nobiliárquico, foi escolhido um topónimo local para identificar o mesmo, reforçando a ligação à região africana onde se havia fixado. O agraciado desenvolveu largamente os negócios da família da mulher, que mais tarde administrou a partir de Lisboa, cidade onde passaram a viver.

A investigação realizada permitiu também biografar todos os sucessivos titulares, bem como as respectivas mulheres e filhos, enquadrando-se genealogicamente a ascendência daquelas.

A diversidade de fontes consultadas permitiu conhecer muitos pormenores, não apenas genealógicos e biográficos mas também patrimoniais e sociais da família, dotando o actual titular de um estudo completo sobre o título que usa e representa. O trabalho foi ainda enriquecido com iconografia variada.

Imagem: uma antiga gravura da cidade africana onde a família estudada viveu.