Lourenço Correia de Matos publica estudo sobre os condes da Guarda

Lourenço Correia de Matos publica estudo sobre os condes da Guarda

Lourenço Correia de Matos, sócio da LMT Consultores em História e Património, publicou recentemente um estudo histórico-genealógico sobre os condes da Guarda, na revista Armas e Troféus, editada pelo Instituto Português de Heráldica.

O presente trabalho começa por tratar as circunstâncias da concessão daquele título – corrigindo a data, errada em todas as publicações que a mencionam – e por apresentar dados sumários sobre a ascendência do primeiro titular, Luís de Oliveira de Almeida Calheiros e Meneses (1812-1888), tanto do lado paterno – Calheiros e Meneses –, como do materno – Oliveira de Almeida Osório –, família esta ligada à cidade da Guarda e da qual o conde foi herdeiro. São igualmente apresentados dados biográficos deste titular, sobre o qual pouco se sabia, ocupando-se ainda da sua descendência – nunca casou – e da biografia da mãe da maioria dos seus filhos, Amália Rossini, uma cantora de ópera milanesa que estava em Portugal a actuar no Teatro de São Carlos.

O filho primogénito, 2.º conde, homónimo do pai (1848-1917), veio a ser um grande lavrador na região de Lisboa e proprietário de diversas vacarias na capital, sendo o leite o seu principal negócio. Casou com uma prima, neta dos condes das Galveias, e teve vasta descendência feminina, pois o seu único filho varão morreu jovem e sem geração. A filha primogénita, D. Maria Luísa de Oliveira de Almeida Calheiros e Meneses, foi 3.ª condessa e morreu sem geração do seu casamento com Estêvão Palha van Zeller, sucedendo-lhe no título um sobrinho, D. Pedro de Lancastre, 4.º conde, filho da irmã seguinte, D. Emília, e de D. Sebastião de Lancastre. Este titular foi pai do 5.º e avô do 6.º e actual conde da Guarda.

São igualmente dedicadas algumas páginas às casas de morada da família – em Lisboa, no largo de Arroios, e em Cascais, o edifício da Câmara Municipal –, bem como à composição heráldica usada, armas originalmente adoptadas pelo bispo da Guarda, D. Jerónimo Rogado do Carvalhal e Silva, tio bisavô do 1.º conde, e que se encontram representadas em diversas pedras naquela cidade.

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